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Resenha Cool-ER

Cool-ER
gatosabido.com.br
R$540
Diferencial: Simplicidade e economia
Arquivos: TXT, HTML, RTF, MOBI, PRC, ePub (com e sem DRM), PDF (com e sem DRM), MP3, JPG

Não há diferenciais no Cool-ER. Ele não tem Wi-Fi nem 3G, teclado físico ou capa protetora. Se você quer um aparelho simples, que apenas leia livros, está procurando esse cara. Ele possui processador de 400MHz e seu sistema é baseado em Linux.

Seu design não é dos mais belos. Ele está disponível em três bonitas cores, mas o plástico e o corpo parecem descuidados, um pouco ocos. O peso dele compensa: apenas 193 gramas, um dos mais leve nos testes. Ele também é cheio de botões nas laterais para música, rotação de tela, home, menu e volume. Na frente fica apenas o pad de navegação, acima fica o botão de energia e a entrada para cartões e abaixo fica a entrada para fones e uma miniUSB. Não há teclado físico e os botões são duros, demora um pouco pra você decorar o que é o quê, e em algumas situações podem ser necessários quase 10 cliques para se chegar a uma função.


O contraste da sua tela de E-Ink é clarinho e ele só possui 8 tons de cinza, não sendo portanto indicado para visualização de imagens. A leitura nele é simples, ajudada pelo seu peso. Mudar a página pelo pad navegador é um pouco complicado, mas a transição de páginas não teve problemas. Se estiver difícil de ler é só aumentar a fonte pelos botões do volume, são até 3 fontes e 8 tamanhos bem grandes.

Você pode escutar músicas e áudiobooks apertando o botão exclusivo para áudio. Ele possui memória interna de 2GB, suficiente para mais de 1000 livros ou uma centena de músicas, e pode ser expandido com cartões SD de até 4GB. Mas há um problema: a entrada do fone é menor do que a padrão, exigindo o uso do adaptador que já vem na caixa. E para quem quer se distrair, ele vem com o jogo Sudoku na memória.

Ele tem uma boa compatibilidade com arquivos. Em nossos testes ele leu os formatos TXT, MOBI, PRC, ePub (com e sem DRM), PDF (com e sem DRM), HTML e RTF. Praticamente todos com ótima visualização e digramação. E já que trabalha com DRM, pode ser utilizado para a leitura de arquivos das principais livrarias brasileiras, mesmo sendo comercializado pela Gato Sabido e pelo Submarino. Ele já vem com alguns livros de domínio público na memória, e para inserir mais basta colocar um cartão SD ou conectá-lo ao PC e transferir os arquivos arrastando-os para a memória ou através do aplicativo Adobe Digital Editions, gratuito.

Como em outros aparelhos ele não se dá muito bem com PDFs, apesar de ter embutido a tecnologia Reader Mobile da Adobe e facilitar quando o documento tiver texto selecionável. Ele consegue mudar o tamanho da fonte do PDF, mas arquivos só com imagens exigem uma rolagem de página cansativa.

Por não possuir qualquer conexão sem fio, a duração da bateria passa das duas semanas. Porém, é bom você lembrar o que estava lendo antes de desligar o aparelho: apesar de guardar a página, ele volta ao menu inicial, e faz com que você tenha que abrir o livro novamente. Ele permite que você coloque marcadores de páginas e também que você busque conteúdo nos arquivos. O teclado é virtual e exige paciência para ser usado.

Fotos: Eduardo Rodrigues

Se você não tem cartão de crédito internacional para comprar um Kindle, o Cool-ER é a opção nacional mais barata do mercado. Isso faz dele uma boa escolha se você não lê muitos livros, não enxerga letras pequenas, quer economizar e mesmo assim entrar nessa nova tecnologia.

Confira esse post para conferir modelos e valores sempre atualizados! Link

Confiram esse vídeo-resenha que eu fiz:

 
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Publicado por em fevereiro 9, 2011 em livro eletrônico (ebook), resenhas

 

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21ª Bienal do Livro em São Paulo: impressões

Visitei a Bienal de São Paulo de 2010 em duas ocasiões, no começo e no final. As diferenças existem e recomendo que todos façam o mesmo. Pelo que pude ler em jornais, esse foi um evento muito proveitoso para todos. O público foi de 740 mil pessoas, o que significa que mais pessoas visitaram o evento e mais editoras venderam livros. Nada melhor.

Nos primeiros dias (fui no dia 14, sábado) você pode olhar os livros com mais calma. Para quem é designer, são os dias mais indicados, já que é mais fácil andar pelos corredores, os estoques de novos livros ainda estão completos, é possível observar coleções e estandes mais arrumadinhos…

Os últimos dias (fui no dia 21, com maior público, 110 mil pessoas) são caóticos e exigem paciência. No sábado e no domingo é quando as editoras já estão meio no desespero para vender, e começam a baixar preços. É possível encontrar seu livro preferido com até 50% de desconto, caso da Editora Objetiva. Então para quem quer comprar algum livro, esses são os melhores dias para buscar descontos.

Mas, resumindo, eu considero essa uma feira melhor do que a de 2008 e 2006, com certeza. Mais diversidade, mais programação cultural, mais participação por parte das editoras. Tem quem reclamou de preços mais caros que na internet, mas como eram lançamentos, e a logística é outra, dá pra entender.

Quem foi atrás de livros alternativos se deu bem. Lá tinham sebos e livrarias vendendos livros usados e também muitos desconhecidos com desconto. para crianças, por exemplo, a Bienal é sempre uma boa ideia. Com preços que começam em R$1, não tem criança que não saia de lá com pelo menos um livrinho, uma boa iniciativa.

Quem foi procurando o novo mercado de livros eletrônicos, se decepcionou. A Imprensa Oficial montou o Espaço Digital, onde o público podia mexer com iPads, Kindles DX, dois modelos de Sony Reraders e Cool-ERs. No estande da Positivo um solitário Alfa ficava dentro de uma redoma, ninguém podia mexer. O estande da Submarino tinha vários Cool-ERs para teste (eles fecharam uma parceria com a Gato Sabido).

Mas ninguém realmente estava vendendo os leitores eletrônicos, era só para o público mexer, mesmo. Além disso, ninguém anunciava catálogos de livros digitais no formato ePub. Os poucos estandes que trataram do livro digital estavam anunciando volumes para iPad, que nem é vendido no Brasil ainda.

A Editora A anunciava um livro técnico para iPad e a Editora Globo lançava o primeiro livro infantil interativo brasileiro para iPad, Narizinho. Fora isso, poucos outros se interessaram em mostrar seu mercado nessa área, uma pena.

É provável que na próxima Bienal, em 2012, os livros eletrônicos estejam mais presentes, inclusive porque o iPad já deverá estar sendo vendido oficialmente por aqui. Porém, antes é necessário que os preços dos eReaders E dos eBooks baixem um pouco, ou continuará sendo uma coisa para ricos.

 
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Publicado por em agosto 26, 2010 em eventos, ponto de vista

 

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Leitores eletrônicos no Brasil: Kindle X Cool-ER

Recentemente adquiri um Kindle para estudos e uso pessoal, e também tive a oportunidade de testar o Cool-ER, eReader da Gato Sabido. Confira minhas considerações e fique à vontade para fazer perguntas e comentários.

No final do ano passado Jeff Bezos, CEO da gigante do comércio eletrônico Amazon, anunciou que seu leitor de eBook Kindle seria vendido para fora dos Estados Unidos, incluindo o Brasil. O famoso Kindle enche os olhos à primeira vista. Visual clean, leve, tela agradável aos olhos, livros à distância de um clique com conexão sem fio em quase qualquer lugar do mundo, alto falantes externos, leitura em voz alta de livros, acesso à internet, dicionário integrado, um extenso acervo e o atendimento de uma das mais bem sucedidas empresas domando.

Com tantas vantagens e elogios derramados ao Kindle, fica difícil para um produto com menos investimento e com menos holofotes ganhar uma briga. Porém o Cool-ER, eBook reader trazido ao Brasil pela editora Gato Sabido, traz suas vantagens que podem acabar convencendo o consumidor brasileiro.

A primeira delas é o seu preço. Enquanto temos de desembolsar aproximadamente 1000 reais para adquirir um Kindle, esse preço cai para 750 reais quando falamos do Cool-ER (ATUALIZADO: agora trazer o Kindle para o Brasil custa em torno de R$550. Ou seja, agora o Kindle é o eReader melhor e mais barato). E se você não domina o Inglês, o Cool-ER traz mais um motivo para ser a sua escolha, já que possui um acervo de 850 títulos em Português, versus 600 na Amazon. Entretanto, ambas ainda estão recheadas de livros pouco famosos, obrigando o leitor a dar um incentivo para o mercado alternativo.

Ainda sobre o Português, o menu do Cool-ER é totalmente em nossa língua pátria, apesar de ser muito tosco e mal acabado. O Kindle é exportado para o mundo, mas não se preocupou em nos fornecer um software para nosso idioma.

Além disso, por não possuir qualquer tipo de conexão sem fio, o Cool-ER tem uma duração de bateria muito maior do que a do Kindle, que sob uso pesado  da sua rede Whispernet pode durar apenas um dia, contra uma semana bem lida no Cool-ER. Mas, com o 3G desligado (já que não dá para usá-lo com muita coisa) o Kindle pode durar também mais de uma semana sem recarga. O tamanho do Cool-ER é menor assim como seu peso de 175 gramas contra 290 gramas do Kindle.

Ouvir música também pode ser mais cômodo no Cool-ER, que possui um tocador próprio e entrada para cartão SD com expansão de até 4GB, enquanto que o Kindle toca músicas e áudiobooks em caráter experimental por meio de atalhos de teclado e não permite a expansão dos seus 2GB de memória, um volume pequeno para quem quer carregar música e livros, concorrendo com seu alto falante externo e a possibilidade de leitura de livros em voz alta. Mas prepare-se: o Cool-ER não possui entrada padrão para fones, precisando de um adaptador (incluso) para funcionar.

Na hora da leitura, sua função principal, podemos dizer que eles empatam. Para ler textos normais a definição e a nitidez dos dois aparelhos foi satisfatória. Ambos possuem também o aumento de fontes para os mais ceguinhos, consultam a tabela de conteúdo e marcam sua página. Falando em página, o leitor da gato Sabido chega a demorar mais de 2 segundos para virar uma página, enquanto o Kindle virou praticamente todas que testei em menos de um segundo.

Mas as vantagens acabam por aí. Em todos os outros campos, o Kindle arrebenta sem concorrentes. Nele é possível assinar revistas internacionais e jornais brasileiros que são entregues automaticamente toda manhã, prontos para serem degustados com o café. O pequeno browser, ainda em testes, é muito pobre e feio, mas quebra o galho para acessar seu email, mesmo que demasiado lerdo, gratuitamente pela rede da Amazon.

Nos dois é possível alocar documentos pessoais, transferidos pelo cabo USB conectado ao computador. Como extra, a Amazon envia arquivos por email direto ao Kindle, mas aí você terá de pagar uma taxa de US$ 0,99 por megabyte enviado.

Ambos aceitam nativamente o formato PDF, mas o Kindle adapta o documento de forma muito melhor em sua tela. E caso queira fazer anotações no texto, basta converter o PDF para o formato .azw, nativo do Kindle. Para fazer isso, basta enviar o arquivo para um email específico da Amazon, que retorna seu livro em instantes, já convertido.

Você pode ver suas fotos nos dois leitores, mas a escala de cinza de 16 tons do Kindle (o dobro do Cool-ER) faz uma boa diferença. Isso vale também caso você seja fã de histórias em quadrinhos ou mangás, que ficam bem melhores no Kindle. E apenas o Kindle se preocupou em acrescentar o zoom para essas imagens, tornando a leitura de gibis quase impossível no Cool-ER.

O Kindle vem com um pequeno teclado físico, por isso é maior. Não é o mais confortável dos teclados, mas atende bem às necessidades de buscas e anotações em livros. Já o teclado para buscas do Cool-ER é sofrível, aparecendo pequeno no meio da tela e precisando do botão direcional para escrever, muito demorado.

A diferença entre os softwares é gritante. O Kindle pode não ser totalmente fácil de navegar, mas para ativarmos algumas funções no Cool-ER é preciso clicar mais de dez vezes nos botões. Quando desligamos o Kindle, ele volta no exato livro e página em que estávamos. Mas cuidado com o Cool-ER: se esquecer de marcar sua página vai ter de procurar por ela quando ligar o aparelho e perceber que voltou ao menu inicial. Ah, e só o Kindle permite escrever comentários no meio do livro, e os guarda em um arquivo separado e catalogado depois.

Enquanto podemos acessar a loja da Amazon de qualquer lugar que possua rede celular, os livros à venda para o Cool-ER só são encontrados no site da Gato Sabido, já que a editora brasileira limou a conexão sem fio que vinha no modelo internacional. Além disso, é preciso ficar de olho nos preços: alguns livros internacionais são mais caros na Gato Sabido do que na Amazon, mesmo esta cobrando em dólares.

No visual e na pegada, quem leva a melhor também é o Kindle. Mesmo não estando disponível nas 8 cores do Cool-ER sua cara branquinha confere-lhe ar limpo. Seus muitos botões só facilitam a leitura e a navegação pelos serviços e acervo. Já o Cool-ER peca ao possuir um botão direcional duro que só na frente e alguns ao lado que só se descobre sua funções na tentativa e erro. O botão que leva direto ao tocador de áudio é a única vantagem.

O Software

O Kindle para o PC possui um menu fácil para aumentar o tamanho da fonte, enquanto que o Adobe Digital Editions (ADE) faz isso de forma mais desajeitada, mas faz. O fundo preto do ADE faz com que ele torne a leitura mais agradável, enquanto que o Kindle parece apenas um visualizador de páginas. Além disso, a função de anotação e grifo tão útil nos eBooks só é encontrada no software da Adobe, sendo que a do Kindle só visualiza as feitas no aparelho.

Adobe Digital Editions

Kindle para Mac

Entretanto, o software do Kindle está intrinsecamente ligado ao Kindle e também a outros aparelhos como o iPhone e iPod touch. Todos esses aparelhos são sincronizados com sua conta na Amazon, e você pode ler seus livros comprados em até 6 lugares diferentes.

Conclusão – Com qual eu fico?

A decisão de qual deles você vai adquirir é muito pessoal. Basta ler nossa análise e pensar qual deles é o ideal para você. Se você não quer uma avalanche de serviços e complexidades que a Amazon e o Kindle oferecem, fique com o Cool-ER. Se você gosta de gadgets de última linha, gosta de ter os aparelhos mais populares e ama a conectividade em qualquer lugar, já sabe: seu aparelho é o Kindle.

Vale lembrar que esses leitores podem ser considerados “pobres” em recursos quando comparados a netbooks, tablete e até a celulares, justamente pelo seu conceito. Um eBook reader serve principal e essencialmente para o ato de ler livros. Não adianta ficar pedindo por um tocador de música melhor, um navegador decente e outros recursos mirabolantes, pois isso não vai aparecer ainda. E quando aparecer, ele não será mais chamado de eBook reader.

Tabelão – Kindle X Cool-ER

Extra – O que é um eBook reader?

O falatório é gigante, mas afinal de contas qual é a diferença de um eBook reader para um computador ou um celular? A principal diferença está na tela desse aparelho, feita com a tecnologia de tinta eletrônica, ou E-Ink. Essa tecnologia trabalha com tinta de verdade que é manipulada por cargas elétricas, dando assim a sensação de que você está lendo em papel de verdade e tornando a leitura muito confortável e prazerosa, quase substituindo um livro. Sua leitura é ótima até mesmo debaixo do sol e precisa de iluminação externa no escuro, já que poucos modelos possuem luz de fundo. Não dá dor de cabeça como as telas de computador e celulares em geral.

Galeria de fotos

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fotos por: Stella Dauer
 
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Publicado por em abril 25, 2010 em livro eletrônico (ebook)

 

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